segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

CRY

Lágrimas caem. Dos meus olhos escorre um elemento chamado saudade. Um choro que nunca tive, e que sinto vir do fundo da minha alma, sobe pelo estômago, queima o peito, rasga a garganta. Explode pra fora.

Sentirei saudades da minha época de escola. Saudades iguais àquela que tenho da minha oitava série, quando tudo acabou e sabia que nunca mais veria as pessoas que vivi em família na rotina do dia a dia.

Passamos a vida inteira reclamando dessa coisa chamada colégio, mas hoje, em fim, vemos o lado bom da coisa. O ponto forte. A escola é o único lugar onde você aprende (querendo ou não) a viver socialmente com tanta força e maturidade.

Você enfrenta perigos distintos, sozinho ou em equipe. Não com o entortar de boca de uma criança, mas sim com a cabeça erguida de um adulto.

Dessa vez, vejo uma diferença.

Há alguns anos atrás, me despedi de amigos que sempre lembrarei – talvez não o nome, mas o rosto e o jeito. Dessa vez, me despeço como um adulto; tendo no coração todas as lembranças preciosas do que fiz e das que infelizmente não o fiz.

Dessa vez é diferente, porque nem tudo precisa ser uma realidade ruim. Escrevo estas traçadas linhas há poucos dias da despedida, para ler todos os dias e me lembrar de aproveitar o máximo até o último segundo. Nem tudo precisa ser uma triste realidade. Ainda haverá dias. Agora tenho contatos, tenho os MSNS que adicionei, os perfis no Orkut. Os seguidores do Twitter. Manterei proximidade como não pude com os amigos das antigas.

Talvez eu marque encontros com alguns; talvez eu veja muitos na rua – espero. Acima de tudo, não é tão triste, porque não será um adeus definitivo. Sei que não.

Será um lembrança definitiva. De um tempo que não voltará mais.

Isso se eu permitir.

Sejamos crianças e adolescentes para sempre, nos nossos corações e no carinho que temos quando estamos com amigos. Sejamos assim.

Maturidade tem mais haver com quantos tipos de experiência você viveu do que quantos aniversários você fez. Tenha altivez de adulto, e o coração que tem hoje. Aposto que não é tão ruim assim.

Vamos viver, pessoal. Viver de tal forma como estou vivendo agora, enquanto escrevo este texto. Dando o melhor da minha alma para escrever, me preocupando com sentimentos e não com coerência. Suficientemente para que nunca este texto tenha uma revisão sequer.

Vamos viver. Quarta. Quinta. Sexta.

Os sábados e domingos também. E as recuperações, claro!

E, esperemos. Esperemos até o dia final, onde nos reuniremos mais uma última vez na formatura, trocando sorrisos, lágrimas e risadas.

Ao descobrir que não é o fim, e sim, somente o início.

Um comentário:

  1. Na formatura a felicidade foi tanta que não abriu espaço nenhum a lágrimas ou triste ! Isso é o ínicio (...) BDF

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